CESVI Brasil - Centro de Experimentação e Segurança Viária

Aumento da segurança viária com veículos autônomos

Provavelmente é menor do que nossas expectativas imaginavam.

17/09/2020
A expectativa de que os veículos autônomos – ao excluir o fator humano (o motorista) da condução dos carros – poderia acabar com os acidentes de trânsito parece ser ainda otimista demais. 

De acordo com um estudo divulgado em maio pelo Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), centro de pesquisa americano especializado em segurança nas vias, veículos autônomos provavelmente só podem impedir um terço de todos os acidentes nos Estados Unidos – país onde mais de 36 mil pessoas morreram pela violência do trânsito ano passado. 

Segundo o instituto, os erros fatais dos motoristas fazem parte de uma cadeia de eventos que levam à colisão, que incluem circunstâncias inesperadas, ações equivocadas e más interpretações – e os sistemas automáticos não são perfeitos diante dessa complexidade. Assim, um veículo autônomo evitaria apenas 34% das colisões “simplesmente por ter uma percepção melhor da situação e não poder sofrer a influência de substâncias (como álcool e drogas) como os humanos”.

AS PRINCIPAIS CAUSAS
O trabalho do IIHS analisou mais de 5 mil acidentes relatados pela polícia, e os pesquisadores identificaram cinco principais causas de acidente:

1 - Erros de “detecção e percepção”: distração do motorista, visibilidade impedida e falha no reconhecimento de perigos antes que seja tarde demais.

2 - Erros de “previsão”: quando o motorista julga mal uma lacuna no trânsito, estimando incorretamente a velocidade de outro veículo e fazendo uma suposição incorreta a respeito do que esse outro usuário faria.

3 - Erros de “planejamento e decisão”: dirigir muito rápido ou muito devagar para as condições da estrada, dirigir agressivamente ou deixar pouca distância do veículo à frente.

4 - Erros de “execução e desempenho”: manobras evasivas inadequadas ou incorretas, entre outros erros de condução.

5 - “Incapacitação”: comprometimento da capacidade de dirigir devido ao uso de álcool ou drogas, de problemas médicos ou de fadiga ou sonolência ao volante.
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