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O que os candidatos pensam sobre mobilidade

Idec apresenta balanço sobre o primeiro debate eleitoral à Prefeitura de São Paulo.

26/08/2016
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) analisou as propostas de mobilidade urbana apresentadas no primeiro debate eleitoral à Prefeitura de São Paulo. Na avaliação do Idec, realizada em parceria com o Greenpeace, Ciclocidade, Cidadeapé e o projeto Cidade dos Sonhos, a temática foi tratada de forma superficial.

“Legislações que ditam diretrizes para estas políticas públicas foram totalmente esquecidas e o que dominou a discussão foram desavenças partidárias, propostas infundadas e erros flagrantes sobre o tema”, comenta Rafael Calabria, pesquisador em mobilidade do Idec.

Participaram do encontro o atual prefeito Fernando Haddad (PT) e os candidatos Celso Russomano (PRB), Marta Suplicy (PMDB), Major Olimpio (Solidariedade) e João Doria (PSDB).
 
Confira a seguir a análise feita pelas entidades:

Política Cicloviária: Marta Suplicy afirmou que não é prioridade.
Avaliação das entidades: A infraestrutura e a rede cicloviária são prioridades da agenda da mobilidade municipal, e estão previstas tanto na Lei Federal quanto no Plano Municipal de Mobilidade com metas detalhadas para os próximos anos. 

Inspeção Veicular:  João Doria e Marta Suplicy afirmaram que irão avaliar o retorno da inspeção veicular, sem custos para os proprietários.
Avaliação das entidades: Inspeção é importante. Mais importante e efetivo é o desestímulo ao carro. Custos devem recair apenas sobre o proprietário do bem, e não sobre toda a população. Aplicar a inspeção apenas na cidade e não no Estado seria prejudicial.

Redução de velocidade: Celso Russomano afirmou que não houve redução de mortes.
Avaliação das entidades: A redução do número de mortes não é exclusividade de São Paulo, vem ocorrendo em diversas cidades pelo Brasil e pelo mundo. Dados apontam que as mortes diminuíram ano após ano desde que as reduções começaram na gestão Kassab.

Fiscalização de Trânsito: João Dória e Celso Russomano afirmaram que há uma ‘indústria da multa’.
Avaliação das entidades: Fiscalização na cidade ainda é insuficiente, estima-se que apenas 5% a 10% das infrações são fiscalizadas. Ainda temos muito o que avançar na melhoria da qualidade da fiscalização. Ela é uma das ações primordiais para se ampliar a segurança no trânsito de acordo com o PlanMob, que prevê metas para isso.
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