CESVI Brasil - Centro de Experimentação e Segurança Viária

Pedestre não é prioridade em políticas de trânsito

Fórum "Segurança no Trânsito" discutiu a situação do pedestre, a parte mais vulnerável nas interações do tráfego.

06/06/2017
Os pedestres são as maiores vítimas de acidentes de trânsito. Porém, eles não são vistos como prioridade durante a elaboração de políticas públicas, focadas excessivamente nos motoristas de veículos.
A conclusão é de especialistas que participaram do fórum "Segurança no Trânsito", debate promovido pela Folha de S. Paulo em parceria com a Ambev e com a Labet.

Na cidade de São Paulo, o número de mortes por atropelamento nos meses de fevereiro a abril aumentou em 37% em 2017, passando de 86 para 118 mortes.

Para o vereador Police Neto (PSD-SP), as medidas que poderiam ser adotadas pelo poder público são simples e possuem grande potencial de redução de vítimas. Uma delas é melhora da iluminação em locais de travessia nas vias.

"Se olharmos as estatísticas de mortos no trânsito, há 40% mais mortos no pico noturno em comparação com o pico da manhã. É a mesma quantidade de pessoas, de carros, de pedestres. Estatisticamente, deveríamos ter o mesmo número de mortos", concordou Sérgio Ejzenberg, consultor de engenharia de tráfego.

Outro ponto colocado como essencial para a redução do número de vítimas é o aumento do tempo de travessia em semáforos. O vereador citou um estudo feito em 2016 pela USP que apontava que 97,8% dos semáforos na cidade de São Paulo não ofereciam condições de travessia segura para o pedestre.

Saiba mais sobre esse debate em torno do pedestre nesta matéria da Folha de S. Paulo.
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